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Os primeiros doutores “investidos” da U.Porto

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21 de Julho de 1929

“Então, o snr. dr. Souza Pinto, reitor da Universidade do alto da sua tribuna, dirigiu-se-lhes, em breves palavras, saudando-os: - «Tenho a honra de lhes conferir o grau de doutor nas sciencias que estudaram». Fôra o momento solemne. Os tres doutores, de algum modo emocionados, agitam o capello, que já envergam. Pela sala vai um borborinho que é de curiosidade de emoção. São tres academicos distinctos que passam dos bancos da escola para as cadeiras de mestres. Tres doutores consumados e proclamados - perante a sciencia e o publico.” (in O Comércio do Porto,  23 de Julho de 1929).

 

Ainda que a U.Porto já tivesse professores doutorados desde a sua criação em 1911 e que outros académicos ali tivessem prestado provas de doutoramento desde então, foi preciso esperar mais de dezoito anos para se assistir à primeira cerimónia pública de imposição das insígnias doutorais aos académicos da Universidade. Os distinguidos a 21 de Julho de 1929 foram – segundo a ordem na foto - Fernão Couceiro da Costa (Faculdade de Ciências/Matemática), Manuel Joaquim Ferreira (Faculdade de Medicina) e Armando de Vasconcelos Larose Rocha (Faculdade de Farmácia).

 

Incorporando um costume até então restrito à Universidade de Coimbra, esta sessão inédita “interessou, tanto os meios académicos, como o publico”, segundo relato d’O Comércio do Porto. Foi por isso um Salão Nobre do Edifício Histórico da Universidade "repleto de curiosos" – aquele que deu as boas-vindas aos três doutorandos. A estes juntaram-se o então reitor da U.Porto, Alexandre Sousa Pinto, o reitor honorário, Francisco Teixeira, os professores Gonçalo Sampaio, Tomás Dias, Alberto de Aguiar e Aníbal Cunha (directores, respectivamente, das faculdades de Ciências, Engenharia, Medicina e Farmácia), entre outros “professores auxiliares, assistentes e muitas senhoras em belas toilettes".

 

Depois do elogio dos “padrinhos” dos doutorandos, seguiu-se o momento alto da cerimónia: a imposição das insígnias. Tal como em Coimbra, estas incluíam o capelo (chapéu), a borla (pequena capa) e o anel. As insígnias permaneceram idênticas até 2002, ano em que o Senado decretou o desaparecimento do conjunto bola-e-capelo. Em 2003, é aprovado o novo traje doutoral (versão simplificada da beca oitocentista), o qual passa a integrar a medalha doutoral.

 

Ainda que a cerimónia pública de imposição das insígnias doutorais não tenha criado no Porto uma tradição idêntica à de Coimbra, outros professores da Universidade foram alvo desta distinção ao longo do tempo. Destes destaca-se desde logo o fisósofo Agostinho da Silva – considerado um dos grandes pensadores portuguees do século XX -, investido, em 31 de Julho de 1930, no grau de Doutor em Filologia Clássica pela Faculdade de Letras  Quinze anos depois, a 16 de Junho de 1945, repetiu-se a cerimónia para sete novos doutores, entre os quais pontificavam Leopoldina Ferreira Paulo e Judite dos Santos Pereira, as duas primeiras doutoradas da U.Porto.

 

Foto: O Comércio do Porto

 
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