16 de maio de 1975
"De cima das escadas 'Magirus', água em catadupas era lançada para dentro do braseiro, que foi cedendo aos poucos (….) Nessa altura, o aspecto da Faculdade era verdadeiramente desolador. Apenas as paredes estavam ao alto, vendo-se o travejamento calcinado espreitando para o céu". (In Diário de Notícias, 17 de maio de 1975)
Praticamente um ano após o incêndio que destruiu parte do edifício da Universidade, na Praça Gomes Teixeira, a U.Porto foi atingida por um outro fogo de grandes proporções, que destruiu a quase totalidade do edifício da Faculdade de Farmácia, na Rua Aníbal Cunha.
Passavam poucos minutos das 14 horas quando foi dado o alerta de fogo. A partir daí, pouco mais de uma hora bastou para que as chamas destruíssem todo o edifício, apesar dos esforços de bombeiros, populares, estudantes, professores e funcionários para salvar equipamentos e outros materiais: “Atendendo a que o soalho era de madeira, não foi difícil que o fogo passeasse do sótão para o primeiro andar. Primeiro foi destruída a biblioteca, e sucessivamente, os laboratórios de análise físico-química, de farmacognósia, uma sala de aulas, o laboratório e Hidrologia, a secretaria, o salão nobre e o laboratório de farmacodinamia (…) Algum tempo depois deram-se três explosões quase seguidas que acabaram por fazer ruir para o rés do chão quase todo o travejamento do primeiro andar”, descrevia o DN no dia seguinte.
“Como o sinistro começou, ninguém sabe, embora seja da opinião mais ou mais generalizada de que terá sido provocado por um curso circuito”, avançava o mesmo jornal.
Tal como acontecera um ano antes, o fogo não impediu a Universidade de se erguer rapidamente., de forma a não prejudicar o funcionamento das aulas. Ainda o incêndio estava em rescaldo, e já a direção da FFUP, em consonância com estudantes e professores, avançava com um plano provisório de ocupação de salas do velho edifício e de pavilhões cedidos pela Faculdade de Medicina.
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