O Olhar de...
- Gestora portuguesa.
- Professora Associada da Faculdade de Economia da U.Porto (FEP)
- Vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N)
- Pró-Reitora da U.Porto, com os pelouros do Planeamento Estratégico, Relações e Participações Empresariais (2006-2008)
- Antiga estudante da FEP, com Licenciatura em Gestão (1995)
- Como é que teve origem a sua ligação à Universidade do Porto? Que principais momentos guarda da sua experiência enquanto estudante, professora e investigadora da U.Porto?
Falar da minha ligação à Universidade do Porto é mais do que falar da minha alma mater académica. É um pouco como falar da minha casa. Uma casa que me tem acolhido bem, várias vezes e em várias capacidades. E em cuja ‘construção’ me tenho empenhado, também de distintas formas, com muita honra e sentido de pertença.
A minha ligação à U.Porto tem pouco mais de 20 anos, e remonta a 1990, ao início da minha Licenciatura, na Faculdade de Economia (FEP-UP), terminada em 1995. Foi um período definidor na minha vida, formativo da minha vocação na área da Economia e da Gestão Internacional, em que fiz também amizades que ainda hoje perduram, e um período do qual retenho memórias felizes que sempre me acompanharão.
Nesse mesmo ano, 1995, fui admitida por concurso para Assistente Estagiária no Grupo de Economia da FEP-UP, de cujo quadro faço parte, na actualidade como Professora Associada. Logo no ano seguinte, e inspirada pelo que aprendi na FEP-UP e pelo contacto com alguns Professores marcantes, decidi aprofundar os meus conhecimentos na área das Estratégias de Internacionalização e Atracção de Investimento Directo Estrangeiro (IDE). Após Mestrado, Doutoramento e Pós-Doutoramento no Reino Unido, regressei a casa - a Portugal e à U.Porto, onde ministrei diversas disciplinas, investiguei e publiquei várias obras, me envolvi em vários órgãos representativos, onde organizei múltiplos eventos internacionais, e onde lancei e dirigi um mestrado especializado, na primeiríssima geração de Bolonha.
Fui, entretanto, desafiada a desempenhar diversas funções, de gestão ou de consultoria especializada, em outras organizações nacionais e internacionais. Destaco a Agência Portuguesa para o Investimento (API), em cujo lançamento participei, a OCDE e a UNCTAD (como consultora na área do IDE), a Reitoria da Universidade do Porto (como Pró-Reitora para o Planeamento Estratégico, Relações e Participações Empresariais), e actualmente a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento regional do Norte (CCDR-N), onde sirvo como Vice-Presidente.
Em todas estas responsabilidades, a formação recebida na U.Porto foi fundamental. Quer para o encontro da minha vocação (eu sempre fui uma pessoa que gostava de tudo, e, no meio da Licenciatura, finalmente percebi a minha ‘paixão’ profissional), quer no sentido de obter os alicerces e fundações conceptuais sobre os quais viria a erguer a minha carreira futura.
- Qual a importância da U.Porto no seu percurso profissional?
A minha passagem de dois anos pela Equipa Reitoral desta magnífica Universidade marcou-me sobremaneira. Nessa função, pude conhecer a fundo a U.Porto, a sua excelência, os desafios que enfrenta, as suas enormes potencialidades de afirmação internacional. Foi um privilégio trabalhar com um Reitor com uma visão maior, mas exequível, com a perfeita noção de como construir uma Universidade com espírito de corpo, ambição, e aberta à Sociedade.
Continuo, nas minhas funções actuais de Vice-Presidente da CCDR-N, em estreito contacto com a U.Porto, actor incontornável da Região e do País, e que representa do melhor que temos, e que nos continua regularmente a dar motivos de orgulho pelo seu dinamismo e conquistas em múltiplas áreas.
Como tenho a docência e a investigação no meu ADN, continuo activa na leccionação na Escola de Gestão do Porto-University of Porto Business School, onde desenvolvo alguns programas na área da Internacionalização empresarial, e na orientação de trabalhos científicos na FEP-UP.
- Como avalia o papel desempenhado pela Universidade no seio da comunidade (cidade, região, país) e de que modo ele se poderá projectar para o futuro?
Cada vez mais me apercebo do enorme impacto que a U.Porto tem na Cidade, no Norte e em Portugal. E como dá cartas a nível internacional, tendo alguns centros que representam o estado da arte mundial. É com orgulho que transmito a investidores, governantes e vários responsáveis estrangeiros que nos visitam, o que é e representa actualmente a U.Porto.
Hoje, a U.Porto é, sem dúvida, muito melhor que há 20 anos. Abriu-se e está-se a globalizar.
- Que caminho deverá ser percorrido para afirmar cada vez mais a Universidade no contexto regional, nacional e internacional? Que Universidade gostaria que se celebrasse daqui a 100 anos?
A meta traçada para 2020 é inspiradora e é, na minha opinião, realista: estar nas 100 melhores Universidades do Mundo. Assim saibamos todos, dentro da Universidade, e fora, nas instituições parceiras, trabalhar juntos para tornarmos uma realidade, colectivamente, essa grande conquista.
- Mensagem alusiva aos 100 anos da Universidade do Porto.
Que a excelência (medida pelos mais exigentes cânones internacionais) e a relevância sejam os leitmotiv de todas as acções e projectos desta grande Universidade. Que todos os que nela estudam, trabalham e que com ela convivem saibam avançar o seu prestígio e projectá-lo, quer na Comunidade mais próxima, quer internacionalmente.
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