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Pedro Teixeira: “A Universidade não poderá ser tudo para todos, mas pode aspirar a ser muito para muitos”

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O Olhar de...

- Investigador e professor universitário português

Professor Associado da Faculdade de Economia da U.Porto

Director do CIPES – Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior

Antigo Estudante da Faculdade de Economia da U.Porto (FEP), com Licenciatura em Economia (1995)

 

 

- Como é que teve origem e se desenvolveu a sua ligação à Universidade do Porto? Que principais momentos guarda da sua experiência enquanto estudante e, actualmente, professor e investigador?

 

A minha relação com a UP começou há mais de 20 anos, quando entrei para a Licenciatura em Economia na FEP, os quais foram 5 anos intensamente vividos. Na altura, as áreas da economia e da gestão eram extremamente populares entre os candidatos ao ensino superior e por isso nós caloiros achávamo-nos todos muito importantes por termos conseguido entrar na FEP. Bastou a primeira época de exames para perdermos a nossa pequena-grande vaidade e aprendermos a trabalhar bem mais do que estávamos habituados…

A Economia atraiu-me já na altura por ser uma formação diversificada, com um pé nas áreas quantitativas e outro nas ciências sociais, e a formação na FEP tem tido essa marca de abertura e ligação a outras áreas do saber relacionadas com a Economia. A própria formação em Economia aspirava também a dar a conhecer áreas muito diversificadas dentro das ciências económicas e empresariais, permitindo-nos descobrir aquilo de que mais gostávamos ( e aquilo de que queríamos escapar como o diabo da cruz…). Por causa de alguma inclinação para a história do pensamento económico, acabei por ser convidado para monitor (essa figura de outros tempos) e desencaminhado a seguir a carreira académica, o que felizmente aconteceu após a conclusão do curso e que prossigo até hoje. Sem arrependimentos!

 


- Qual a importância da U.Porto no seu percurso profissional e de que modo foi de encontro às suas expectativas?

A minha relação com a UP e acompanha-me desde o início da vida adulta, e por isso é uma parte importante do meu percurso profissional, intelectual e pessoal. O facto da UP ser uma Universidade na cidade tem vantagens e desvantagens. Facilita o contacto com o mundo exterior e evita que nos tornemos intelectuais de aviário, mas facilita a dispersão e dificulta a interacção dentro da universidade. No entanto, o facto da FEP contar entre os seus professores colegas com interesses e formações bastante diversas tem sido particularmente positivo. Por outro lado, os alunos também são muito diferentes, até nos interesses e nas motivações que os fazem escolher uma formação na área da economia e da gestão.

A minha ligação à UP tem-se feito também através da minha actividade de investigação no CIPES, a qual me tem permitido contactar com uma equipa pluridisciplinar e conhecer mais e melhor a universidade. A qualidade e a solidez do trabalho que o CIPES vem desenvolvendo deve-se muito ao contributo matricial Prof. Alberto Amaral, um homem exemplar e uma figura marcante na história recente da UP.

 


- Como avalia o papel desempenhado – no presente e no passado - pela Universidade no seio da comunidade (cidade, região, país)??

A Universidade do Porto é uma instituição central na cidade, na região e no país. É-o de modos diversos. No ensino tem uma dimensão mais local e nacional. Na investigação tem um papel cada vez mais nacional e internacional. Na transmissão e valorização de conhecimento tem um papel crescente a nível regional. Claro que a articulação destas diferentes dimensões nem sempre é fácil e pode haver a tentação de escolher uma em detrimento das outras ou querer que todos devamos contribuir igualmente para satisfazer as necessidades locais, regionais e internacionais. Não creio que isso faça sentido, pois acredito que uma das vantagens em sermos uma universidade grande e diversa é de que há vários modos de servir a instituição e de contribuir para que ela realize a sua missão de serviço público local, regional e nacionalmente.


- Que caminho deverá ser percorrido para afirmar cada vez mais a Universidade no contexto regional, nacional e internacional?


Eu gosto de universidades, da sua permanente inquietação e da sua profundidade, de tal maneira que dei por mim a estudá-las e a apreciá-las na sua força e nas suas fraquezas (e até nas suas tensões e contradições). No caso da Universidade do Porto, creio que nem nos devemos atormentar para ser aquilo que achamos que outras universidades são, nem nos devemos resignar a ser apenas aquilo que os outros acham que somos. Por estranho que pareça, aprecio o facto de não sermos uma Universidade de elite, pois, por isso, podemos correr riscos. A Universidade do Porto não poderá ser tudo para todos, mas poderá aspirar a ser muito para muitos e de modos diversos para cada um.


- Mensagem alusiva aos 100 anos da Universidade do Porto (formato livre).

 

Desejo que a Universidade do Porto possa neste centenário celebrar o muito que já conseguiu e entusiasmar-se com o muito que há-de vir. Citando Sophia de Mello Breyner: “A força dos meus sonhos é tão forte/Que de tudo renasce a exaltação/E nunca as minhas mãos ficam vazias”. Que haja Memória e que haja Sonho!

 
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