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Leonel Ramos: "O futuro passa pelo sucesso dos projectos e empresas com base na U.Porto"

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O Olhar de...

- Engenheiro português

- Estudante do Doutoramento em Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), na qual completou o grau de Licenciatura em Sociologia (1997-2002).

- Vencedor da primeira edição do iUP25k - Concurso de Ideias de Negócio da Universidade do Porto

 

- Que principais memórias guarda da sua experiência enquanto estudante/professor da U.Porto? Há algum episódio que se destaque da experiência que viveu/vive na Universidade?

 

A minha experiência na U.Porto pode dividir-se em 3 fases, cada uma de alguma forma distinta. A primeira consiste no início da licenciatura em Engenharia Civil nas antigas instalações da Faculdade de Engenharia, onde durante 3 anos foi possível viver uma experiência académica muito própria, devido ao ambiente académico que lá existia, a história da própria Faculdade e a sua localização. Os diferentes edifícios, recantos e as lojas e estabelecimentos dos arredores eram responsáveis pelo ambiente próprio que lá se vivia. A segunda fase foi a mudança para as novas instalações onde muito se ganhou em termos de condições físicas das instalações, mas por alguma razão complicada de racionalizar, ficaram saudades do passado. A nova Faculdade é uma autêntica metrópole dentro da cidade, e é difícil arranjar uma desculpa  para sair das instalações em busca de algo. Não há grande incentivo a explorar os arredores, até mesmo porque estes não têm nada de interessante. A mais profunda exploração que fiz nas redondezas foi nas cantinas das faculdades adjacentes…. Após a conclusão da licenciatura iniciei um mestrado no estrangeiro, e voltei à FEUP 1 ano depois – início da 3ª fase -  para assumir um cargo de assistente pós-graduado num projecto Europeu – SYNPEX, sob supervisão do Professor Álvaro Cunha. Na sequência deste projecto dei início a um Doutoramento, que se encontra em conclusão. Durante este período foi possível conhecer e manter contactos com alguns dos melhores investigadores que já conheci, e que neste momento posso chamar de amigos, aos quais muito devo pelas frutuosas conversas casuais de carácter científico e com um excepcional carácter de “desbloqueadoras de ideias”, e pelos óptimos momentos de divertimento e lazer  que foi possível vivenciar.

 

- Qual a importância da U.Porto no seu percurso, não só ao nível da formação, como do ponto de vista profissional?

 

Relativamente à formação é obrigatório mencionar o carácter prático e lato do curso de Engenharia Civil, que permitiu que a minha compreensão do mundo se tivesse alargado significativamente. Sinto-me hoje que passei de um ser que via a duas dimensões e a preto e branco, para um que passou a ver a 4 dimensões e a cores! Do ponto de vista profissional, é inegável o facto de que a experiência trás novos e essenciais conhecimentos, mas a preparação adquirida na UP foi suficientemente exaustiva para que pudesse iniciar o meu trabalho como profissional liberal sem quaisquer percalços. Com a proximidade de conclusão do Doutoramento, foi possível assumir um cargo de professor auxiliar numa universidade privada no Porto. Mas curiosamente, o maior impacto da U.Porto em termos profissionais surgiu com o curso de Empreendedorismo, promovido pela Universidade através da EGP-UPBS (Escola de Gestão do Porto), após o qual dei início a um projecto que deu origem à empresa Efisenergy, de momento sediada no parque tecnológico – UPTEC. Para tal, foi fulcral o apoio do gabinete para a inovação da Universidade – UPIN – que acompanhou o projecto desde os seus primórdios até à formação da empresa, e que ainda hoje se move activamente na promoção e apoio da mesma. Sem dúvida, o esforço da UP em criar uma ponte entre o conhecimento tecnológico por parte dos seus alunos, investigadores e docentes e os negócios e mercados é uma aposta vencedora que já está a dar frutos, e acredito que nos próximos anos muito se vai ouvir falar de grandes empresas que daí irão surgir, e que tão necessárias são para o desenvolvimento do País.

 

- Como avalia o papel desempenhado pela Universidade no seio da comunidade (cidade, região, país) e de que modo ele se poderá projectar para os próximos 100 anos?

 

Creio que na resposta anterior ficou evidente o impacto das iniciativas actuais da UP em termos regional e nacional. Não basta apostar apenas na qualidade do ensino. É necessário que o aprendiz saiba da sua arte, é certo, mas nos dias de hoje os mercados são internacionais e este precisa de saber catapultar o fruto do seu trabalho para esses mercados. Já lá vai o tempo dou ourives que trabalha para clientes da sua aldeia ou vila. O mercado é altamente concorrencial, e a única maneira de sobreviver com sucesso é apontar para mais alto. É portanto necessário que o aluno, tecnólogo, seja apoiado num percurso que lhe é, na maior parte dos casos, desconhecido. O enorme investimento da U.Porto em formação complementar (curso de empreendedorismo) e acompanhamento (UPIN) são sem dúvida excelentes meios de apoio.

 

- Que caminho deverá ser percorrido para afirmar cada vez mais a Universidade no contexto regional, nacional e internacional? Como prevê o papel de uma Universidade do Porto daqui a 100 anos?

 

A primeira etapa passa pelo sucesso dos projectos e empresas com base na U.Porto. A afirmação e reconhecimento internacional só se consegue com provas dadas na investigação e mercados, o que já acontece em várias faculdades. Como consequência, a internacionalização da Universidade ficará completa, na minha opinião, pois serão atraídos alunos e investigadores de vários países ou continentes. Para isso, fica por vencer a barreira linguística, mas tal pode ser conseguido ou com uma oferta formativa de base na língua inglesa (como já sucede em alguns cursos de pós-graduação) ou, em alternativa, potenciando o uso da língua Portuguesa criando cursos de Português para alunos estrangeiros. Isto pode ser conseguido não só com cursos intensivos (como já sucede com as ofertas da Faculdade de Letras) mas até mesmo no estrangeiro. Numa Universidade em que o ensino é reconhecido e de que a U.Porto já se reveste (e futuramente cada vez mais), e com a vantagem acrescida do crescimento do mercado Brasileiro, creio que existem argumentos suficientes para apostar na formação de Português fora do país, preferencialmente em cidades com grandes Universidades, como Londres, Paris, Barcelona, Pittsburgh (Pennsylvania  - USA), Cambridge (Massachusetts – USA), algumas já com programas de cooperação com universidades Portuguesas.

 

- Mensagem alusiva aos 100 anos da Universidade do Porto.

 

Disse um dia Fernando Pessoa que “Deus quer, o homem sonha e a obra nasce”. Mas há uma grande distância entre o sonhar do homem e o nascer da obra, e que só pode ser vencida com esforço, e que começa com uma formação apropriada, e um acompanhamento corajoso e persistente. Hoje, a Universidade do Porto faz apostas fortes em ambas as vias. São estas as raízes, fortes, necessárias para alimentar o futuro de Portugal.

 
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