24 de Janeiro de 2012
Entre julho de 1832 e agosto de 1933, o Porto e a sua população testemunharam um dos episódios mais emblemáticos da história da cidade e do Portugal moderno. Dele nasceria o epíteto da Cidade Invicta. Nele se destacariam os heróis que a toponímia da cidade haveria de eternizar. No próximo sábado, 28 de janeiro, é ele – o Cerco do Porto – o tema de mais uma visita guiada pela História do Porto que a Universidade do Porto leva junto de toda a comunidade, no âmbito das celebrações do Centenário.
Revisitar a chegada à cidade dos liberais liderados por D. Pedro após o desembarque no Mindelo (julho de 1832); conspirar por entre o cerco imposto pelas tropas absolutistas de D. Miguel (27 de agosto de 1832); testemunhar as condições de vida do Porto de meados do século XIX, então assolado pela peste e pelo tifo; recordar os combates na Rua do Prado, que daí recebeu o nome de Rua do Heroísmo (29 de setembro de 1832); e festejar a vitória do liberalismo (agosto de 1833) são algumas das experiências garantidas numa visita que terá como ponto de partida o Largo do Colégio (próximo da Sé). A história do Cerco prossegue até à igreja dos Grilos (onde se instalou o Batalhão Académico), para terminar na igreja da Lapa, que guarda o coração de Pedro IV.
Das memórias do Cerco do Porto faz-se então o sexto capítulo do programa de visitas guiadas promovidas pela Universidade a um conjunto de edifícios e espaços que marcam a história da Universidade centenária e de toda a cidade. Depois de uma primeira viagem até ao Campo do Olival, sobre o qual se ergue hoje o edifício da Reitoria da U.Porto (28 de maio de 2011), o ciclo já passeou de Miragaia à Sé num percurso evocativo dos santos padroeiros do Porto. Pelo meio, deu a conhecer as antigas portas e muralhas da cidade, desceu ao Porto Subterrâneo e revisitou a ligação do infante D. Henrique à cidade numa passagem pela estação de S. Bento e a Casa do Infante. A orientação cabe a Joel Cleto, historiador e mestre pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP).
Após a visita de sábado, restam ainda mais duas sessões. A 25 de fevereiro, vai desvendar-se o Burgo dos Mercadores (Rua dos Mercadores ao Palácio da Bolsa e desta ao edifício da Alfândega Nova). Já a 31 de março, cabe ao Porto dos Judeus encerrar a iniciativa numa visita que evocará as Escadas da Sinagoga, o Monte dos Judeus e a atual Sinagoga do Porto.
As visitas começam sempre às 10 da manhã e são abertas a todos os interessados Para a comunidade académica custam 5 euros; para pessoas exteriores à U. Porto o custo de participação é de 8 euros/visita. As inscrições podem ser feitas através do e-mail mgabriel@reit.up.pt ou do telefone 22 040 81 95.
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