28 de Abril de 1953
"O estádio do Centro Universitário do Porto, a «casa desportiva» dos estudantes universitários, ergue-se, majestoso e lindo, no aprazível local da Quinta do Campo Alegre e, assim, desde ontem a cidade conta com mais um estádio, com novo e grandioso recinto para as salutares e cada vez mais dilatadas práticas da cultura física” (in O Comércio do Porto, 29 de Abril de 1953)
Aspiração antiga da academia e dos seus estudantes, a construção do Estádio Universitário do Porto surgiu na sequência da cedência, por parte do Estado, da Quinta do Campo Alegre à Universidade, em 1950. Erguendo-se lado a lado com o Jardim Botânico, o Estádio começou a ser construído em 1951, tendo a primeira fase das obras terminado cerca de dois anos depois.
Foi por isso "em ambiente de festa" (O Comércio do Porto) e “ao som de clarins e tambores” (O Primeiro de Janeiro) que a cidade testemunhou, em Abril de 1953, a inauguração oficial do Estádio. Na presença dos ministros da Educação Nacional e das Obras Públicas, Fernando Pires de Lima e José Frederico Ulrich respectivamente, e de diversas figuras da academia e da cidade, a cerimónia incluiu um desfile de estudantes, a entregas das medalhas relativas aos Campeonatos Regionais o ano anterior, bem como um programa desportivo com a participação de atletas das universidades do Porto, Coimbra e Lisboa.
De grande impacto visual, a sessão ficou marcada pela parada de estudantes que desfilaram pelo Estádio em representação das quatro faculdades da U.Porto e da Escola Superior das Belas Artes (ESBAP). Foi em nome deles que Vasco Sanches da Silva, estudante da Faculdade de Ciências e chefe do Centro Desportivo Universitário do Porto (C.D.U.P) - organismo integrado, desde 1949, no Centro Universitário do Porto (C.U.P) - agradeceu “a realização desta esplêndida obra que há bem poucos anos atrás se nos afigurava impossível e até mesmo utópica (…) Este estádio representa para o Cento Desportivo Universitário do Porto a consolidação de uma Obra na qual vem trabalhando há dez anos”, discursou o estudante.
O Estádio Universitário reuniu o consenso da imprensa da época, que pela sua localização, quer ao nível das infra-estruturas. “Obedecem aos primordiais requisitos da cultura física, com o vasto campo para o futebol e andebol, desafogado e com as máximas de medidas a pista de atletismo bem talhada e, mais além, o campo de basquetebol, que também serve para o voleibol”, apontava O Comércio do Porto. De resto, a obra integrava ainda uma tribuna com capacidade para 800 pessoas.
De então para cá, o complexo – rebaptizado como Estádio Universitário Prof. Dr. Jayme Rios Souza, em homenagem ao director do C.U.P por altura da inauguração - sofreu vários melhoramentos, com destaque para a construção, na década de 60, do Pavilhão Prof. Dr. Galvão Telles. Espaço de referência para a prática desportiva dos estudantes da Academia durante décadas, o complexo é gerido actualmente pelo C.D.U.P, que ali promove as suas actividades de formação e competição.
Fotos: O Comércio do Porto / O Primeiro de Janeiro
“O estádio do Centro Universitário do Porto, a "«casa desportiva» dos estudantes universitários, ergue-se, majestoso e lindo, no aprazível local da Quinta do Campo Alegre e, assim, desde ontem a cidade conta com mais um estádio, com novo e grandioso recinto para as salutares e cada vez mais dilatadas práticas da cultura física” (in O Comércio do Porto, 29 de Abril de 1953)
Fotos: O Comércio do Porto / O Primeiro de Janeiro
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