Naturalista botânico e professor universitário
Naturalista botânico e professor universitário (1865-1937)
Gonçalo Sampaio
Gonçalo Sampaio, investigador notável e nome incontornável da História da Botânica em Portugal no final do século XIX, início do século XX, nasceu na freguesia de S. Gens de Calvos, na Póvoa de Lanhoso, a 29 de Março de 1865.
Desde os tempos de estudante do curso de Química Mineral, Botânica e Zoologia, que frequentou na Academia Politécnica do Porto, que Gonçalo Sampaio revelou especial talento para os estudos de plantas, tendo publicado o seu primeiro trabalho sobre a flora portuguesa em 1895. Não estranha por isso que, mesmo não tendo terminado o curso de Química Mineral, Botânica e Zoologia, tenha sido nomeado naturalista-adjunto da secção de Botânica da Academia Politécnica do Porto, em 1901. Nove anos mais tarde, passou a reger a cadeira de Botânica.
Em 1913 foi indigitado director do Gabinete de Botânica na recém-criada Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Entre 1909 e 1914 publicou o "Manual da Flora Portuguesa", uma obra essencial sobre a flora nacional. Já em 1920, cria e dirige o Instituto de Botânica da FCUP (futuro Instituto de Botânica Gonçalo Sampaio, hoje integrado no Departamento de Biologia), um dos primeiros instituto de investigação nascidos no seio da Universidade. Parte do seu trabalho pode ser encontrada ainda hoje no Herbário / Museu de Botânica da Faculdade de Ciências, organismos que dirigiu entre 1922 e 1935.
Docente inovador, Gonçalo Sampaio aplicou a técnica histológica (utilização do microscópio) nas suas aulas práticas e, como investigador, dedicou-se especialmente ao estudo das plantas vasculares portuguesas e dos líquenes. Ficou conhecido pela marcada preocupação com a nomenclatura botânica, apresentando alguns princípios divergentes dos seguidos no Código de Nomenclatura Botânica oficial.
Morreu no Porto a 27 de Julho de 1937, com 72 anos de idade.
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