O Olhar de...
- Professor universitário e jornalista português (mais informações)
- Professor catedrático e investigador da Universidade Fernando Pessoa e do Centro de Investigação Media & Jornalismo. Estudou e leccionou na Escola Superior de Jornalismo do Porto, antecessora do Curso de Ciências da Comunicação da U.Porto
- Fundador e director do Jornal Universitário do Porto (1986-1990).
- Antigo Estudante da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, com frequência do Curso de Biologia da (1986-1990).
- Como é que teve origem e se desenvolveu a sua ligação à Universidade do Porto? Que principais momentos guarda dessa experiência?
Ingressei no curso de Biologia e, a partir daí, fui convidado para participar nas actividades associativas, primeiro como colaborador da direcção da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e, depois de eleições, como vice-presidente da mesma. Guardo dessa experiência, em particular, a vivência académica e associativa. Para uns, é perda de tempo; para outros, como eu, constitui uma excelente aprendizagem de exercício da cidadania em democracia. A Universidade é também um lugar onde se formam cidadãos.
- Qual a importância da U.Porto no seu percurso profissional e que modo foi de encontro às suas expectativas?
Embora por vias alternativas, foi o meu tempo passado na Universidade do Porto que me abriu as portas do jornalismo, actividade em que fiz carreira como profissional e, posteriormente, investigador e professor. Na direcção da Associação de Estudantes da FCUP, fiquei, entre outros, com os pelouros da Comunicação Social e da articulação com a Rádio Universitária do Porto, que tinha nascido em Ciências. Estava nos planos da direcção da AEFCUP lançar um jornal universitário e uma televisão universitária. A segunda, nunca foi concretizada; mas conseguimos fundar o Jornal Universitário do Porto (JUP), que Ciências "ofereceu" à Academia ao permitir a sua autonomização como associação independente, tal como aconteceu com a Rádio Universitária do Porto, que infelizmente não teve alvará no concurso de legalização das rádios. Há que realçar o enorme apoio do então reitor, Professor Alberto Amaral, às nossas iniciativas. Sem ele e sem a Reitoria da U.Porto, a RUP e, posteriormente, o JUP não teriam visto a luz do dia.
- Como avalia o papel desempenhado – no passado e no presente - pela Universidade no seio da comunidade (cidade, região, país)?
Colocaria a questão ao contrário. Sem a Universidade, o que seria o Porto? Uma cidade certamente mais pobre, mais cinzenta, pouco atraente. A Universidade do Porto é um dos pólos fundamentais de excelência, desenvolvimento, criatividade e inovação no Norte do País e no Porto em particular.
- Que caminho deverá ser percorrido para afirmar cada vez mais a Universidade no contexto regional, nacional e internacional?
Aquele que tem vindo a ser seguido, pois está a dar frutos.
- Mensagem alusiva aos 100 anos da Universidade do Porto.
Se a Universidade do Porto continuar a fazer o que tem feito até aqui, seguindo a via que adoptou, certamente continuará a colher bons frutos, que se reflectirão no prestígio e no progresso do Norte e do país em geral. Que a U.Porto continue, pois, por muitos mais anos a produzir e disseminar conhecimento, formando cidadãos que sejam expoentes das letras, das artes e das ciências.
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