ANTECEDENTES
Reformando por completo o ensino ministrado pela Academia Real de Marinha e Comércio, o Decreto de 13 de Janeiro de 1837 criou a Academia Politécnica do Porto com a finalidade de promover uma “alta” formação industrial. O novo estabelecimento foi inaugurado a 5 de Março de 1837, tendo como director o pintor João Baptista Ribeiro.
O ensino ministrado na Academia foi evoluindo ao longo dos anos, sendo o cuso inicial composto por onze cadeiras, agrupadas em três secções — a de Matemática, a de Filosofia e a de Comércio. A partir de 1885, um novo plano de estudos passa a incluir dois “cursos especiais” — o de engenheiros civis (de obras públicas, de minas e industriais) e o de Comércio —, aos quais se associavam os “cursos preparatórios” para a frequência da Escola Naval, das escolas Médico-Cirúrgicas e das escolas de Farmácia. Já em 1897, surge o ensino - inédito em Portugal - da Electrotecnia, incluida na cadeira de Tecnologia Industrial do Curso de Engenheiros Civis Industriais.
Adoptando um modelo de organização que se assemelhava ao da Universidade de Coimbra, a Academia dispunha ainda de vários estabelecimentos anexos, especialmente destinados ao apoio das aulas. Destes destacam-se o Observatório Astronómico, o Gabinete de História Natural, o Laboratório Químico, o Jardim Botânico, entre outros.
Com a criação da Universidade do Porto, em 1911, a Academia Politécnica do Porto foi parcialmente integrada na nova instituição, constituindo, na sua maior parte, a Escola de Engenharia anexa à Faculdade de Ciências. Em 1915, os cursos desta escola viriam a constituir a Faculdade Técnica, génese da actual Faculdade de Engenharia.
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