1925
Muito antes do Centenário da U.Porto, que agora se celebra, o Porto mobilizou-se em 1925 para celebrar a história do ensino médico na cidade. O pretexto passou pelos 100 anos sobre a criação da Real Escola de Cirurgia, antepassada da Escola Médico-Cirúrgica do Porto e da Faculdade de Medicina (desde 1911).
Para além do simbolismo associado à efeméride, o Centenário da Real Escola de Cirurgia foi importante devido às diversas acções promovidas no sentido de homenagear os mestres falecidos, mas também de promover melhores condições para o ensino e para a assistência social. Entre elas, destaca-se a ideia de construir uma Maternidade moderna, que viria a ganhar forma em 1937, sob a designação de Maternidade de Júlio Dinis, pseudónimo literário de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, antigo professor da Escola Médico-Cirúrgica.
De resto, a realização de visitas e inaugurações de obras de carácter médico; a edição de publicações sobre a produção científica da escola; o lançamento de uma medalha comemorativa e a construção de um pequeno monumento dedicado Júlio Dinis em frente ao edifício da FMUP (estas últimas peças, da autoria do escultor João da Silva) concorreram para as celebrações. Foi também nesta altura que vários municípios atribuíram às suas ruas os nomes de ilustres professores da Escola. Foram os casos de Júlio de Matos, Júlio Dinis, Oliveira Monteiro, no Porto; João de Meira, em Guimarães; Magalhães Lemos, em Felgueiras; Plácido da Costa, na Covilhã; Vicente José de Carvalho, em Setúbal; e Maximiano Lemos, em Gaia e na Régua.
O Centenário da Real Escola de Cirurgia englobou também a inauguração do Instituto de Medicina Legal, em edifício anexo à FMUP.
Mais informações
Foto: Estudantes da Escola Medico-Cirúrgica do Porto (1868)
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