1948
“Em amplos e desafogados terrenos do Monte da Virgem - varanda altaneira, abertas às mais dilatadas perspectivas panorâmicas, longe já dos nevoeiros que envolvem a cidade e fora das grande zonas urbanizadas, com acesso relativamente fácil - vai ser construído o moderno Observatório o Astronómico da Universidade do Porto” (O Primeiro de Janeiro, 8 de Janeiro de 1946).
Nos primeiros dias de 1946, era desta forma que O Primeiro de Janeiro anunciava o arranque da construção do Observatório Astronómico da U.Porto no Monte da Virgem, um organismo que desde 1948 – ano de inauguração do edifício principal – se vem afirmando enquanto espaço privilegiado de ensino e investigação desenvolvidos na U.Porto.
Associada a figuras históricas da instituição como Ruy Luís Gomes e Rodrigo Sarmento de Beires , a criação da estrutura tem o cunho do Prof. Manuel de Barros, assistente da Faculdade de Ciências que, desde finais da década de 30, vinha pugnando pela construção de um observatório que servisse ao mesmo tempo as aulas práticas de Astronomia. Estas funcionavam até então nas dependências do Observatório Meteorológico da Serra do Pilar.
Baseando-se num projecto realizado em 1936 pela Direcção de Edifícios Nacionais do Porto, a construção inicial do Observatório compreendia apenas os edifícios destinados à instalação de material de ensino de astronomia. Ainda em 1948, começam as obras do abrigo do Instrumento de Passagens e dos abrigos das Miras Norte e Sul, entregues oficialmente ao Observatório em 1968. EM 1957, foi equipado com um Círculo Meridiano de espelho, uma estrutura destinada à determinação das horas e à observação dos astros, só existindo no mundo três círculos meridianos com as mesmas características.
Ao longo da sua história, o Observatório Astronómico da U.Porto tem estado ligado a actividades de ensino e investigação promovidas pela Faculdade de Ciências nas áreas das Ciências da Terra, do Espaço e da Engenharia Geográfica. Actualmente, continua a protagonizar um importante papel ao nível da formação e divulgação científica, trabalho que, nos últimos anos, se vem traduzindo na aproximação às escolas do Ensino Básico e Secundário.
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