ANTECEDENTES
Pouco mais de uma década após a abertura da Régia Escola de Cirurgia, o ensino da Medicina no Porto sofre nova mudança. Por decreto de 29 de Dezembro de 1836, a escola – tal como a congénere de Lisboa - é transformada em Escola Médico-Cirúrgica do Porto, cujo plano curricular incluía nove cadeiras distribuídas por um curso de cinco anos.
Com uma existência marcada por diversas reorganizações motivadas pelos progressos da Medicina e da Cirurgia, a Escola Médico-Cirúrgica do Porto esteve instalada, durante os primeiros tempos, no Hospital da Misericórdia (actual Hospital de Santo António), onde já funcionara a Régia Escola de Cirurgia. Era neste hospital que decorriam as aulas de prática médico-cirúrgica. Porém, a exiguidade das instalações motivou a construção de um edifício próprio (no terreno anexo ao do extinto convento das Carmelitas), espaço no qual funciona actualmente o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS).
A Escola Médico-Cirúrgica do Porto é a “parente” mais próxima da actual Faculdade de Medicina da U.Porto. Na verdade, já após a implantação da República, a Escola foi elevada ao nível de faculdade pelo Decreto de 22 de Fevereiro de 1911. Um mês depois a “nova” escola era integrada entre as três consignadas no diploma de criação da Universidade do Porto.
Todo o historial da escola que formou nomes incontornáveis da Medicina em Portugal, como Júlio de Matos, Júlio Dinis e Ricardo Jorge, será contado em "A Real Escola de Cirurgia e a Escola Médico-Cirúrgica do Porto: Um contributo para a História da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto", um livro da autoria de Maria Amélia Ferraz, Professora Associada da FMUP, a lançar durante 2011, no âmbito das "Edições do Centenário".
Mais informações
(Texto adaptado de SANTOS, Cândido dos - Universidade do Porto: raízes e memória da Instituição. Porto: UP, 1996).
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