Maio de 1911
O movimento associativo no seio da Universidade do Porto nasce praticamente ao mesmo tempo da criação da instituição, em 1911. Na verdade, apenas dois meses depois do decreto de 22 de Março de 1911, tinham lugar – a 10 de Maio - as eleições para os corpos sociais da primeira Associação dos Estudantes do Porto. Fundada por Pedro Alcântara de Andrade Morais (sócio n.º 1 e membro da primeira Junta Directiva) a associação estava instalada no n.º 92 da Praça Carlos Alberto e assumia como propósitos: “fomentar o engrandecimento da classe académica” e “pugnar pela conquista das regalias a que esta classe tem direito”.
O papel da Associação de Estudantes tornou-se especialmente activo logo em 1912, devido a um aumento das propinas decretado elo Governo, que acabaria por gerar violentos protestos dos estudantes. Tal dinamismo acabaria por motivar o aparecimento de outras agremiações, casos do Clube Recreativo Académico, o Orfeão Académico e a Tuna Académica.
A falta de estrutura financeira e a saída do sócio fundador acabaria contudo por prejudicar a vida da Associação. Após várias mudanças de instalações, a organização foi extinta pela primeira vez em 1918. Acabaria por ressurgir seis anos mais tarde, em 1924, agora sob a designação de Associação Académica do Porto. Foi, contudo, por pouco tempo. Nas vésperas da instauração do Estado Novo, a Associação Académica do Porto acabaria por ser dissolvida de acordo com o decreto de 24 de Novembro de 1932 – que declarava extinção de todas as agremiações académicas em Portugal.
Actualmente, todas as faculdades da Universidade do Porto contam com associações de estudantes próprias. A comunidade académica é ainda representada pela Federação Académica do Porto (FAP), uma estrutura fundada em 1989 com o objectivo de defender os interesses de todos os estudantes que povoam a academia do Porto, incluindo.
Foto: Estudantes da última turma da Escola Médico-Cirúrgica do Porto (1910)
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